O Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM) monitora, em tempo real, os níveis dos rios em 46 estações hidrológicas distribuídas nos estados do Rio Grande do Sul (RS) e Santa Catarina (SC). Desse total, 14 estavam com os níveis abaixo da permanência 95% (H95) no mês de janeiro.
Fazendo um paralelo, em fevereiro de 2022 a situação era um pouco mais crítica com 19 estações abaixo da H95. A permanência 95% é o nível do rio que corresponde à vazão que é igualada ou superada 95% do tempo, isto é, em apenas 5% do tempo observado na série histórica da estação os níveis ficaram abaixo deste valor.
Os dados foram disponibilizados desde o início do mês de janeiro, por meio do Boletim de Monitoramento Especial da Estiagem no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, e apresentam o monitoramento da evolução da estiagem na região.
Rosário do Sul (RS) – banhado pela bacia do rio Uruguai – e Nova Palmira, no município de Caxias do Sul (RS) – na bacia do rio Caí – são as estações fluviométricas que apresentaram os índices mais críticos.
No município de Rosário do Sul, a cota é de -77 centímetros. Em relação aos boletins emitidos anteriormente dentro do mês de janeiro, a estação apresentou uma pequena melhora no índice fluviométrico.
Em Nova Palmira, que faz parte do rio Caí, o registro foi de -16 centímetros. A cota mínima histórica para o local é de -7 centímetros. De acordo com o monitoramento, as últimas chuvas permitiram a melhoria nos índices pluviométricos dos rios na região de Santa Catarina (SC).
O Sistema de Alerta Hidrológico da Bacia do Rio Uruguai atende uma população de 343 mil habitantes, ao passo que o monitoramento da Bacia do Rio Caí alcança 81.347 moradores.
O Boletim de Monitoramento Especial da Estiagem no Rio Grande do Sul e Santa Catarina é resultado de uma parceria entre o SGB-CPRM e a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) para a gestão da Rede Hidrometeorológica Nacional (RHN), que já opera os Sistemas de Alerta Hidrológico (SAH) desde 1989.
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