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Rio Grande do Sul

Previsão de calor e umidade para os próximos dias no RS

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A última semana novamente apresentou pouca chuva na maior parte do RS. Na quinta-feira (15), o deslocamento de uma frente fria no oceano favoreceu o aumento da nebulosidade e ocorreram chuvas fracas e isoladas em algumas localidades. Na sexta (16) e sábado (17), o ingresso de uma massa de ar seco manteve o tempo firme na maioria das regiões e apenas no Leste e Nordeste forma registrados chuviscos e garoas localizadas. No domingo (18), a propagação de uma área de baixa pressão provocou pancadas de chuva e trovoadas isoladas na Metade Norte. Entre a segunda (19) e quarta-feira (21), a presença da massa de ar seco manteve o tempo firma, com grande amplitude térmica em todas as regiões e somente nos setores Leste, Norte e Nordeste ocorreram pancadas de chuva, típicas de verão.

 

Os volumes de chuva registrados foram inferiores a 10 mm em grande parte da Campanha, Zona Sul e faixa Central, bem como em áreas da Alto Uruguai. Nas demais regiões, os totais oscilaram entre 15 e 35 mm e superaram 40 mm em algumas localidades da Serra do Nordeste. A temperatura máxima ocorreu em São Luiz Gonzaga (35,0°C) no dia 15/12 e a mínima foi observada em São José dos Ausentes (8,6°C) no dia 17/12.
Observação: Totais de chuva registrados até às 10 horas do dia 21/12/2022.

 

DESTAQUES DA SEMANA
Foi encerrada a colheita de trigono Estado. As últimas lavouras ceifadas situavam-se nas regiões
Sul, Campanha e Campos de Cima da Serra. A área de cultivo do cereal alcançou 1.458.026 hectares na safra 2022. A produtividade permanece estimada em 3.410 kg/ha, e a produção estadual em 4,97 milhões de toneladas. Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, as lavouras – implantadas tardiamente com cultivares de ciclo longo e algumas pequenas lavouras de trigo duplo propósito para Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural Avenida Getúlio Vargas, 1384 | Menino Deus, Porto Alegre – RS CEP: 90150-004 | Fone: (51) 3288.6200 multiplicação de sementes – foram colhidas na região da Campanha, em Candiota, em Bagé e em Hulha Negra. Os produtores relatam que as lavouras apresentaram grande desuniformidade e atribuem parte do rendimento final a essa condição. A expectativa de forte quebra na produtividade, nas lavouras semeadas com mais de 30 dias de atraso em relação ao período indicado no zoneamento agrícola, não
se confirmou. Foram alcançadas médias de 2.400 a 2.700 kg/ha com peso hectolitro (PH) acima de 80, resultados muito semelhantes aos obtidos nas lavouras semeadas no período indicado.

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Na de Caxias do Sul, o rendimento médio da safra se aproxima dos 4.000 kg/ha, com excelente qualidade de grãos.

A colheita de cevada foi estatisticamente encerrada, com a realização da operação em lavouras mais tardias na região Nordeste do Estado. A produtividade e a qualidade se mantiveram em padrões superiores, destinados à indústria de malte. A área de cultivo é de 37.500 hectares. A produtividade estimada é de 3.360 kg/ha, e a produção estadual de 126 mil toneladas.

Houve ocorrência de chuvas em parte do Estado nos dias 12 e 18/12. No entanto, foram mal distribuídas e com baixos volumes acumulados. O avanço da semeadura de soja só foi possível nas localidades onde as chuvas foram suficientes para restabelecer a umidade adequada nos solos. Em regiões onde o tempo permaneceu seco, aguardam-se novas precipitações para a retomada da operação. O Índice de semeadura varia de 86%, nas regiões de Frederico Westphalen e Soledade, a 97%, na de Erechim, regiões geograficamente próximas, que ilustram essa má distribuição nas chuvas.

A média estadual é de 90% implantados. O estado geral das lavouras também é condicionado pela suficiência ou insuficiência de precipitações. Onde o teor de umidade é mais próximo ao ideal, há bom estabelecimento inicial, observando-se apenas falhas pontuais no estande. Já em regiões onde a insuficiência de chuvas ocorre desde o final do mês de novembro, há problemas para o estabelecimento inicial, com necessidade de replantio, sintomas acentuados de estresse hídrico, como murchamento, e morte de plantas. Contudo, a diminuição das temperaturas durante a semana reduziu o estresse nas lavouras e o murchamento das plantas nos horários de maior insolação.

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A área semeada de milho permaneceu praticamente inalterada durante o período. A insuficiência de umidade em parte do Estado agravou a expectativa de perdas nas lavouras. Os maiores danos continuam sendo constatados na metade leste do Estado, nas regiões de Bagé, Frederico Westphalen, Santa Maria e Santa Rosa, que estimam em até 25% a redução, e na de Ijuí, com aproximadamente 15%. Porém, há grande diferença na expectativa de rendimento nos cultivos dependendo do período de semeadura, do estádio de desenvolvimento e da localização da lavoura dentro de um mesmo município e entre municípios da região afetada. Em outras regiões a leste, como as de Caxias do Sul, Lajeado e Porto Alegre, os danos são ainda inexpressivos estatisticamente ou não
existem. A expectativa atual de perdas no Estado é pouco superior a 10%, considerando a estimativa inicial de 7.337 kg/ha. As lavouras danificadas, na sua maioria, encontram-se em fase de formação dos grãos, com redução no tamanho da espiga e no número de grãos, além de falhas na polinização. Nas lavouras com população elevada, acima da ideal para a cultura, os sintomas da estiagem são mais presentes; as espigas ainda apresentam menor porte ou as plantas não formaram espigas.

As condições do cultivo de milho silagem são similares aos da produção de grãos, com perdas estimadas em 25% nas regiões administrativas da Emater/RS-Ascar de Frederico Westphalen, Ijuí e Santa Rosa. A redução no rendimento é menor nas regiões de Santa Maria, com 15%, e de Erechim, com 10%. Durante o período seco, os cortes para a elaboração de silagem estão sendo antecipados para evitar a diminuição excessiva de massa verde, mesmo que as espigas não atinjam o ponto ideal de corte. Por essa razão, há perdas também na qualidade do alimento a ser reservado.

 

A cultura de arroz apresenta 95% das lavouras em desenvolvimento vegetativo e 5% em floração.
Com exceção de algumas localidades onde foram registradas temperaturas acima dos 35 °C, no dia
12/12, e abaixo de 10 °C, no dia 16/12, o período teve predomínio de boas condições para o
desenvolvimento das lavouras, com calor moderado e alta disponibilidade de radiação solar. Em
Cacequi, os produtores que utilizam água dos rios Cacequi e Ibicuí estão preocupados, pois o nível
desses rios baixou rapidamente, e, se não ocorrerem chuvas volumosas, poderá faltar água para a
finalização das lavouras. Essa situação acontece também em São Vicente do Sul e Formigueiro,
dependentes de outros mananciais.
Houve início da semeadura da 1ª Safra de feijão nos Campos de Cima da Serra, onde se concentra cerca de 40% do feijão cultivado em 1ª safra no Estado. Nas demais regiões administrativas da Emater/RS-Ascar, as lavouras estão em ciclos mais avançados; algumas com a maior parte das lavouras já colhidas Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural Avenida Getúlio Vargas, 1384 | Menino Deus, Porto Alegre – RS CEP: 90150-004 | Fone: (51) 3288.6200 PREVISÃO METEOROLÓGICA (22 A 25 DE DEZEMBRO DE 2022).

 

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Nos próximos sete dias o calor e umidade predominarão no RS. Entre a quinta-feira (22) e o sábado (24), a presença de uma massa de ar seco manterá o tempo firme, com forte calor no período diurno em todo Estado. No domingo (25), o deslocamento de uma frente fria favorecerá o aumento da nebulosidade e deverão ocorrer pancadas de chuva e trovoadas, com possibilidade de temporais isolados.

 

TENDÊNCIA (26 A 28 DE DEZEMBRO DE 2022)
Na segunda (26), o ingresso de ar seco afastará a nebulosidade da maioria das regiões, mas ainda ocorrerão pancadas de chuva nos setores Leste, Nordeste e Norte. Na terça (27) e quarta-feira (28), o tempo seco e quente vai predominar em todo Estado.

Os volumes previstos deverão ser inferiores a 10 mm na Campanha, Fronteira Oeste e Missões. No restante do Estado os valores deverão oscilar entre 15 e 30 mm, e poderão superar 40 mm em alguns municípios do Leste e Nordeste.

Equipe técnica Caio Fábio Stoffel Efrom – Diretor do Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária Flávio Varone – Meteorologista da SEAPDR Alice Cristina Schwade Kleinschmitt – Extensionista Rural da Emater/RS Neimar Damian Peroni – Extensionista Rural da Emater/RS Ricardo Machado Barbosa – Extensionista Rural da Emater/RS

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