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Saúde

Incontinência urinária — Vergonha e silêncio atrasam tratamento

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Pesquisa realizada no Brasil recentemente mostrou que mais de 70% dos pacientes com Incontinência Urinária não procuram informações sobre a doença e quase metade não busca ajuda médica para tratá-la, justamente porque a condição ainda é um tabu que gera vergonha, constrangimento e impactos na qualidade de vida das pessoas.

 

O levantamento, elaborado pela Medtronic com o Instituto Qualibest, também apontou que a doença interfere principalmente na qualidade do sono dos pacientes, na hora da prática esportiva, no período de lazer e na vida profissional. Foram realizadas 441 entrevistas com homens e mulheres, de 35 anos ou mais, das classes sociais ABC.

A incontinência urinária, perda involuntária da urina, está relacionada a diversas causas, como a obesidade, a menopausa, lesões musculares e a gravidez. O distúrbio é mais frequente no sexo feminino e pode manifestar-se tanto na quinta ou sexta década de vida quanto em mulheres mais jovens. Segundo a SBU (Sociedade Brasileira de Urologia), o distúrbio atinge 45% da população feminina acima de 40 anos e 15% da masculina.

 

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“Uma das principais causas da IU decorre de um quadro denominado bexiga hiperativa, condição neurológica que desperta necessidade súbita de urinar ou idiopática, definida pela perda involuntária da urina com a realização de esforços”, esclarece o Dr. Fernando Almeida, professor de urologia da UNIFESP.

Mas quais são os sintomas da Incontinência Urinária? Costumam ocorrer vazamento de urina quando a pessoa espirra, tosse, ri ou se exercita, dificuldade para segurar a urina e vontade de urinar constantemente o que dá a sensação de que a bexiga nunca está vazia. Por conta dessas manifestações, muitas vezes os pacientes precisam recorrer ao uso de absorventes ou mesmo fraldas para atenuar o escape descontrolado de xixi.

“Estamos falando de uma espécie de câncer social que leva ao sofrimento e isolamento, e pode resultar em quadros de depressão”, chama a atenção o médico.

 

A boa notícia é que é possível tratar a IU e, cabe ao especialista avaliar o caso e identificar o tratamento mais indicado para as necessidades do paciente. Além de medicamentos que precisam ser usados por tempo prolongado, a doença pode ser controlado por meio de um procedimento minimamente invasivo que consiste no implante de um dispositivo de neuromodulação sacral que reativa a conexão neural do cérebro com o assoalho pélvico por meio de impulsos elétricos.

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E a grande novidade é que agora os pacientes contam com uma versão miniatura desse dispositivo, com apenas 2,8 cm³, enquanto o convencional possui 14,3 cm³. Implantado no paciente por cirurgia minimamente invasiva na área do glúteo, na parte superior, o dispositivo InterStim Micro marca uma nova era da miniaturização na saúde, permitindo uma cicatrização mínima e a recuperação rápida e segura. A bateria dele dura até 15 anos e exige recarga mínima semanal de 20 minutos. Outro diferencial do Micro é a compatibilidade com exames de ressonância magnética de corpo inteiro.

 

O InterStim Micro e InterStim II são os únicos neuromoduladores sacrais do país para controle da incontinência urinária e fecal. Ambos são eficientes e seguros, a diferença é que o modelo InterStim II não necessita de carregamento semanal, e a bateria dura de 5 a 6 anos. O critério médico para usar um desses dispositivos envolve avaliação das necessidades de cada paciente, considerando idade, preocupação com a estética, familiarização com a tecnologia, entre outras condições.


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